domingo, 12 de julho de 2009

Coluna - 12.07.2009

Viva o Estado Democrático!!!




Na última coluna, falei de meu retorno a Belem depois de uma semana em Paris. Agora estou na Argentina. Vim pra cá gravar um programa de televisão, em Bariloche. Como a produção sabe que eu adoooooooooro bom vinho, boa mesa e boas companhias, me chamou para ver como se faz um cordeiro patagônico. Loucura! Loucura! Loucura!!!


E lá vim eu, direto de Belém para Bariloche, com algumas paradas estratégicas. Saí de Belem no voo das 2:25 para São Paulo. Meu voo para Buenos Aires atrasou quatro horas e o que restava de mim desembarcou na capital portenha às 6 e picos. Morta de fome e cansaço!!! Mas estamos em viagem e é isso que interessa.


Até chegar no hotel, fazer o check-in e etc, não dava mais para almoçar e nada estava aberto para jantar. Com a desculpa de tomar um chá, eu e minha comadre Natalia descemos até o lobby do hotel. No trajeto para a cafeteria... advinhem qual foi o nosso destino? UMA ADEGA!


Degustar, degustar e degustar! Vinhos maravilhosos, presuntos, queijos, salames, azeitonas, torraditas incríveis e.... quando dei por mim, o jantar já tinha ido para o espaço e o cansaço me derrubado. Subi pro meu quarto e dormi como uma angel!!!


Domingo, 5 da manhã acordamos e seguimos todos para Bariloche e, ao chegar, rumamos para o restaurante El Patacón, atrás do tal cordeiro, especialidade do chef Mario Remiro, dono da casa. INACREDITÁVEL!!!


Na Região da Patagônia, este cordeiro é uma tradição. Sua carne tem um sabor mais intenso por causa das ervas que come no campo e pela lenha usada para fazer o fogo. O bichinho é aberto ao meio, ligeiramente salgado com sal meio fino e pincelado por uma mistura de manteiga derretida e suco de limão galego. Vai pro fogo (uma lareira enoooorme!) e ali assado lentamente, por 3 ou 4 horas, e pincelado de meia em meia hora com a tal manteiga.


Quando fica pronto, é de comer rezando!!! Com um belo tinto, é claro. Escolhi uma mescla de Cabernet Sauvignon com Cabernet Franc e Merlot. PERFEITO ! Hoje a uva malbec está muito em evidência e se deu muito bem em solo argentino, mas este 'Gala 2' que escolhi, da vinícola Luiggi Bosca, estava MARAVILHOSO!


Na segunda de manhã, viemos para a fazenda de um querido amigo, em Lobos, mas não sem antes pararmos em Buenos Aires, no Tomo I, belíssimo restaurante situado na Av. 9 de Julho, para comer um cocchinilo (um porquinho assado inteiro, de perder a cabeça!) com, aí sim, um belo Malbec , Doña Paula. Excepcional!!!


Lobos é uma pequena cidade na Província de Buenos Aires, a 100km da Capital Federal e foi lá que nasceu Juan Perón. Em Lobos, fomos a La Vaca Atada, onde se come uma parrilha com seus choriços, morcilas, molejas, chinchulins e uma carne de cair de banda!!! Com um tinto, por supuesto... Tempranillo, desta vez.


Chegamos na fazenda e um amigo comemorava a vitória do Campo nas eleições e, segundo ele, da democracia reinstaurada depois de anos de desmandos após o governo de Raul Alfonsin, 'o último democrata a governar a Argentina', ressalvou meu amigo.


Ao assistirmos pela televisão o povo comemorando, os comentaristas politicos dizendo o mesmo que meu amigo e a expressão de felicidade no rosto das pessoas pela vitória do Povo... só nos restou abrir uma outra garrafa para comemorar !!!


SAÚDE A TODOS E ... VIVA O ESTADO DEMOCRÁTICO!!!


De Lobos, Província de Buenos Aires, com bessos, muchos bessos.


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